De regresso ao meu canto...
Desatino e não atino...desatino com este eu que mais não faz do que me conduzir ao DESATINO...
Não atino no percurso...perco-me, volto a perder-me e perco-me de novo
Perco-me de tudo, perco-me do fio que supostamente me ajudaria a atinar...a atinar com o que me rodeia...
A atinar com o que sou, com o que me trouxe e com o que me há-de levar...
Não sei, não encontro, não vejo...a escuridão não permite que atinja o atino...o atino que me desatina, o atino que me enlouquece e me transtorna a alma e me dilacera o coração...
Quero sair desta luta que me atormenta, quero a libertação, quero ter um "EU". Quero ter um "EU" só meu... Um "EU" não dilacerado pelas correntes que o amarram ao efémero, ao inútil, ao vão...
o que sou já não sou ou não pretendo ser...quero a anulação...quero a reviravolta...quero a liberdade...
quero gostar desta treta que me movimenta, desta triste figura que caminha perdidamente e não se encontra...